Seres humanos possuem duas pernas.
Se porventura alguém não possui uma perna ou ambas as pernas, certamente passa por sua cabeça que aquela pessoa sofreu algum problema – talvez um acidente, talvez uma cirurgia por um câncer, talvez uma má-formação genética... Alguma coisa deu errado ali. Todavia, o fato de um indivíduo não possuir uma das pernas não o “desclassifica” como humano, mas certamente o classifica como alguém tendo um problema e que talvez necessite de algum tipo de tratamento ou acompanhamento.
Em nossa espécie, MULHERES ENGRAVIDAM.
Se porventura uma mulher não consegue engravidar, certamente passa por sua cabeça que ela deve ter algum problema.
Talvez uma aderência uterina, uma insuficiência ovariana, uma obstrução tubária... Alguma coisa deu errado ali. Todavia, o fato de uma mulher não conseguir engravidar não a “desclassifica” como mulher, mas certamente a classifica como alguém tendo um problema e que talvez necessite de algum tipo de tratamento ou acompanhamento para resolver aquilo.
E é ASSIM que classificamos alguém de nossa espécie como sendo uma MULHER: um ser humano que possui a capacidade de engravidar, ou, se não possui, alguém que está com algum problema, pois seria esperado que uma mulher engravidasse se assim o quisesse. Isso deveria fazer parte de sua natureza intrínseca. Mulheres engravidam. Ponto.
Se profissionais de saúde começarem a aceitar que “homens que se identificam como mulheres” equivalem a uma MULHER propriamente dita, gostaria de saber: o que fariam se por acaso um “homem que se identifica como mulher” chegasse a um pronto-socorro avisando “Estou tendo um aborto!”.
A equipe acionaria o plantão de obstetrícia, solicitaria exames e levaria o sujeito para um ultrassom de urgência? Ou desconsideraria de imediato a possibilidade de um homem estar sofrendo um aborto pelo pênis?
O simples fato de termos que explicar o que é uma MULHER nos dias de hoje e o fato de que isso é passível de suscitar discussões neuróticas acaloradas, é sintomático da esquizofrenia coletiva que estamos vivendo.
Alessandro Loiola.
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